EDITORIAL

 

Bem-vindos ao terceiro volume da Revista de Pedagogia Social! Estamos em festa! Faz exatamente um ano que lançamos esse projeto com o intuito de democratizar reflexões, realizadas por educadores sociais, em seus múltiplos e complexos espaços de atuação. Com o decorrer do tempo e com a avaliação de estudiosos da área, descobrimos ser a primeira revista de Pedagogia Social da América Latina e a segunda do mundo, fato revelador da necessidade de ampliarmos cada vez mais nosso campo de ação. Já contamos com cerca de mil acessos.

Há muito que a Pedagogia Social vem abrindo espaço junto aos educadores por conferir um caráter social à educação e por fazê-la ousar novas perspectivas, oriundas de matizes impensados. Não se trata da panaceia da educação, mas confere novos contornos ao fazer educacional, ao mesmo tempo em que dialoga com os desafios oriundos de uma sociedade em permanente transformação. Eis o fator que afere certo viço à Pedagogia Social: chamar para si os desafios oriundos da transformação permanente ao qual estamos inseridos.

 

Desta forma, temos por título: “Pedagogia Social: a Pedagogia da convivência”. Tal termo foi cunhado após três décadas de trabalho voltado para os excluídos. Estes são o fruto produzido, principalmente, por políticas públicas equivocadas e irresponsáveis, projetadas há décadas com profunda e total desconsideração para com o outro.  Os anos passam e as desigualdades se ampliam de forma perversa, implacável e profunda. É a essência neoliberal produzindo, cada vez mais, pobres entre os pobres. Mudar a conjuntura e permanecer com a mesma estrutura dá ao povo a falsa sensação de que as coisas estão mudando para melhor? Será?

Todas as características que descrevem a Pedagogia Social fazem com que ela seja dialógica e não possa existir sem o outro, integrante do cenário pedagógico educacional. Uma Pedagogia com esse perfil exige um educador com assemelhado perfil. São educadores ávidos por ensinar, em ter sucesso no que fazem e em superarem-se cotidianamente. São pesquisadores por excelência e educadores por persistência. Promovem, através do seu fazer, uma pedagogia includente, dialógica e feliz. Há prazer no que fazem e propiciam processos pedagógicos prazerosos. É com o outro e pelo outro que atuamos no sentido de construir um fazer pedagógico íntegro, digno, dialógico e plural.

 

Ótima leitura!

 

                                                                           Margareth Martins de Araújo

 

                                                                                     Editora Executiva

 

 ISSN 2527-0974

 

 

Publicado: 2018-06-19